MEDOS E FOBIAS
Na Fobia, aquilo que antes era uma limitação, torna-se incapacidade. Por exemplo, uma pessoa que tinha medo de usar o elevador e só o usava em caso de muita necessidade ou se estivesse acompanhada, com a fobia não será mais capaz de usá-lo de forma alguma. Nesse ponto, passará a haver obstáculos e dificuldades na sua rotina diária, em função das constantes evitações do “objeto fóbico”, isto é, daquela coisa ou situação específica que causa pavor.
É curioso observar que a maioria dos portadores desses quadros são pessoas inteligentes, sensíveis, responsáveis, competentes, perfeccionistas, organizadas e muito exigentes consigo mesmas, o que talvez explique o efeito superdimensionado que o medo exerce sobre elas. São eficientes em quase tudo, mas ineficientes em administrar adequadamente sua ansiedade, fruto das constantes e altas expectativas que têm.
Tanto o medo desproporcional quanto as fobias específicas têm cura através da psicoterapia, principalmente quando focada na terapia de exposição (enfrentamento planejado, controlado e assistido do objeto fóbico). Se houver boa adesão ao tratamento, por parte do paciente, o quadro pode ser revertido em poucas semanas. Para isso, são necessárias duas ou mais sessões semanais ou uma sessão semanal seguida de prática diária em casa.
O medo tem um valor fundamental para nossa sobrevivência, pois é fruto da percepção de um perigo presente ou iminente. Será normal sempre que ocorrer em situações apropriadas e na intensidade ideal. Portanto, sentir medo é bom, pois é o que nos alerta sobre os perigos da vida e do ambiente. Porém, quando se torna exagerado, irracional ou limitante, já ultrapassou a normalidade e precisará ser abordado como um Transtorno de Ansiedade. Se não for tratado, esse medo anormal tenderá a adquirir extremos de intensidade e morbidez, evoluindo para quadros mais graves, dentre eles a Fobia.